quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Possiveis debates...

Olá a todos. Era suposto estar a pronunciar-me devido ao trabalho da aula de terça, mas uma vez que o professor disse que era mais para quem ainda não tinha participado no blogue aprender e como o blogue já está repleto de opiniões então resolvi trazer algo novo.

E aqui Vai a minha ideia. Fazer deste espaço um espaço de debates onde todas as semanas ou até mesmo meses eu ou alguém deixara uma ideia, imgaem, frase etc, para todos nos pronunciar-mos, e assim no final de uma data predefinida elegermos a melhor resposta, a mais profunda, etc (tudo parametros sujeitos a possiveis alteraçoes). Claro que tudo no ambito da psicologia.

Acho que pode vir a ser interessante este desafio e pode originar mais actividade no blogue. Ponderem o desafio e quem estiver interessado expresse-se em comentário. Caso haja adesão decidiremos quando começar.

Cumprimentos

VoltresS

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Relações interpessoais e preconceitos

Texto 1
"Num comboio que se dirige do Norte para o Sul da Europa, viajam, no mesmo compartimento, um executivo da Europa central, a sua secretária, uma adolescente nórdica que está de férias e um árabe.

Ao passar por um túnel, que deixa o comboio na escuridão, ouve-se uma série de movimentos rápidos e uma sonora bofetada.

O árabe pensa: «Os europeus são todos iguais. De certeza que o executivo se atirou à secretária, aproveitando-se da escuridão, ela pensou que o culpado era eu e deu-me uma bofetada».


A adolescente nórdica, progressista, pensou: «Este executivo deve ser cá um machista, bem feito por ler levado uma bofetada da secretária».


A secretária pensou: «Estes árabes, como sempre, são sedentos de sexo. Não me admira nada que a pobre rapariga se tenha visto obrigada a defender-se do assédio com uma bofetada. Oxalá a coisa não passe daqui».


E pensa o executivo: «Espero que chegue depressa outro túnel para dar outra bofetada a este imigrante desagradável".



Este texto com humor mostra como os preconceitos marcam as relações interpessoais.

Adaptado de J. Morales, Psicologia Social, 1997

O skinhead e a idosa - a categorização social

Texto 2
“Você vai pela rua fora. Tem um encontro marcado ao meio-dia e pergunta-se que horas serão, uma vez que não tem relógio. Vê um jovem, musculado, de cabeça rapada e vestido de forma algo militar. Você diz para si próprio que deve ser um skinhead.


Como, segundo o seu estereótipo, os
skinheads são violentos, você prefere perguntar as horas a uma senhora de uma certa idade que se cruza consigo. Parece-lhe mais prudente dirigir-se a ela para obter a informação.

Você não tem tempo de avaliar se o jovem é realmente um
skinhead e se ele é realmente violento. Também não procurou saber se a senhora é, como o seu estereótipo faz pensar, gentil e amável.

Você contentou-se em categorizar estas duas pessoas colocando-as, a uma, na categoria dos skinheads, a outra na categoria das velhas senhoras. A seguir você faz apelo aos conhecimentos relativos a estes dois grupos a fim de decidir a que pessoa é preferível dirigir-se.”

Adaptado de A. Azzi, Psychologie Sociale et Relations Intergrupales, 1998

Culturas

Varias observações podiam ser feitas a estes dois textos... Mas na minha opinião ambos demonstram a mentalidade do ser humano. E quando falo em mentalidade não me refiro só à forma ou ao funcionamento da mesma... Mas sim à maneira como como ela influencia a nossa vida e as nossas atitudes... Vejam então o caso em que aquelas pessoas de etnias diferentes de se juntaram nos mesmos metros quadrados... Todos eles fizeram reflexões sobre os acontecimentos... e ninguém admitiu o que fez ou falou sobre os acontecimentos...

Já em relação ao skinhead... mais um juízo de valor foi feito... e muitos serão feitos todos os dias, pessoas serão julgadas, mesmo antes de serem conhecidas... Apenas porque a sua aparência possa ser diferente, nada nos diz que é uma pessoa diferente de nós ou que seja uma pessoa melhor que muitas outras... até porque pessoas tão bem parecidas, por vezes nos dizem tão pouco... e esse tão pouco não chega a ser suficiente para se dzer a palavra amigo, talvez conhecido...

Nós e a cultura

O mundo é constituído por várias culturas diferentes, tal todos nós sabemos.
Mas afinal o que é isso de cultura?
Cultura não tem como sinónimo ser bem informada, mas sim uma totalidade onde se conjugam, organizados de forma dinâmica, diversos elementos materiais e simbólicos: conhecimentos, crenças, valores, leis e normas, formas de arte e expressão, costumes e práticas sociais, assim como objectos e construções produzidas. Apesar de não sermos produtos directos destas influências culturais mas somos também produtores de cultura, agentes da sua construção, transmissão e transformação.
Sendo certo que todos nós possuímos uma cultura a maioria das vezes, esta tem uma profunda influência na forma como cada um de nós pensa, sente e comporta. E como seres humanos que somos por vezes achamos que a nossa cultura é melhor do que outras, tal como acontece quando se ouve um português a dizer que a raça cigana é das piores raças que andam para aí pois matam tudo o que lhe aparecem á frente ou então quando dizem que os pretos são os melhores quando metidos em confusões principalmente “á pancada”. Na minha opinião não devemos julgar as pessoas pela sua cultura ou o que aparentam fisicamente, mas sim por aquilo que são.

Multiculturalismo


Comentário

Texto 1 e 2

Atendendo aos textos estudados, podemos constatar que a sociedade é um sistema de interacções e de relações das pessoas umas com as outras. Por isso, a relação interpessoal é um dos elementos essenciais do comportamento social. Outro elemento é o contexto no qual a interacção se produz. O contexto é formado sobretudo pela presença de um outro. Por último, as representações sociais têm um papel importante na atribuição de significados aos comportamentos. Então, são dimensões essenciais da vida social as relações que estabelecemos, o contexto onde elas ocorrem e os significados que lhe são atribuídos.

Ao longo da vida, temos uma série de relações dos mais diversos tipos. As relações precoces com os nossos pais e familiares mais próximos são as primárias. À medida que crescemos, outras relações tornam-se importantes. Todas estas relações envolvem interacções que influenciam a nossa qualidade de vida. Uma das punições mais devastadoras que podemos infligir a um ser humano é isolá-lo dos outros, deixando-o só.

O multiculturalismo pode desencadear uma discussão crítica sobre a educação por desenvolver um discurso que obriga a articulação dos temas educativos a partir de um ponto de vista social. As questões de poder e dominação, a forma como eles se produzem na sociedade actual no trabalho, na escola, na vida quotidiana podem ser estudadas através de uma visão crítica da concepção de multiculturalismo, como também as possibilidades de resistência à opressão.

Todos diferentes, mas todos iguais...


Diferente sim, mas engraçado…
Na verdade, as diferentes culturas podem tornar-se um ponto em comum, quando o conhecimento sobre elas é compartilhado e respeitado, porém este facto nem sempre é observável.
A cultura influência a vida de todos os indivíduos e afinal, fala muito sobre eles


Multiculturalismo

Esta imagem mostra a mentalidade dos jovens perante vários problemas sociais pelo qual o mundo passa actualmente.

Temos de deixar de viver numa ilusão e enfrentar a realidade tentando melhora-la para que haja boas relações e convívio entre todas a etnias existentes na terra.

Multiculturalismo


Acima de tudo o respeito por nós e pelo próximo, o resto vem por acréscimo . . .


A cultura


Sermos humanos é mais do que pertencermos a uma espécie de seres com uma determinada biologia e estrutura corporal: depende da participação em contextos sociais e culturais, onde aprendemos formas de nos comportarmos.

Todos nós somos seres diferaentes e semelhantes. Ás vezes parecemos mais iguais, ás vezes mais diferentes. Não só diferem os nossos corpos como o que neles se inscreve á medida que crescemos num determinado lugar, numa determinada comunidade com as suas culturas. É mais fácil percebermos semelhanças relativamente àqueles que partilham connosco a sua vivência cultural. Os outros são diferentes: no que fazem, no que usam, na forma como pensam e sentem, na forma como se vêem no mundo e vivem nele. Mas também nos assemelhamos: todos os povos, todas as comunidades, têm cultura.

As culturas comunicam com os seus membros e com outras culturas, transformando-se mutuamente.

Compreender a forma como nascer, crescer e participar em diferentes culturas nos torna pessoas com certas características, compreender a diversidade cultural, tê-la em conta, é fundamental para que possamos perceber e reflectir sobre a realidade, sobre o que são os outros e o que somos nós!




As Relações Interpessoais

As relações interpessoais são muito importantes para o nosso desenvolvimento, pois as interacções que estabelecemos com os outros influenciam o que somos e o modo como nos comportamos.
A cognição social refere-se aos processos que estão na base da maneira como encaramos os outros e a nós próprios. Procura conhecer os factores que influenciam e afectam a forma como interagimos com os outros.

Multiculturalismo















"A articulação social da diferença, da perspectiva da minoria, é uma negociação complexa, em andamento, que procura conferir autoridade aos hibridismos culturais que emergem em momentos de transformação histórica"


By Carlos Teixeira e José Fonseca

máscaras


Achei os dois textos muito interessantes.
Demonstram-nos que as conclusões que as pessoas formulam perante uma situação são regidas por preconceitos pré-existentes das várias culturas.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Música do mundo

A música.

Um excelente meio para estabelecer pontes entre diferentes culturas



Um concerto ao vivo da série "Dead man walking - Not in our name", Face of Love, com Eddie Vedder e Rahat Nusrat Fateh Ali Khan.

Multiculturalidade














Muitas culturas, muitas línguas, muitas diferenças...

Mas algo liga-nos profundamente.

Esta imagem de publicidade é forte e comunica bem a ideia de multiculturalidade e partilha de sentimentos nos seres humanos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Etnocentrismo


Esta página tem informações muito interessantes sobre o conceito de etnocentrismo, aproveitem para uma leitura bastante proveitosa.

etnocentrismo

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Os Lobos Cerebrais


Lobos Cerebrais
Lobos Cerebrais

Lobo Frontal

Lobo Parietal

Lobo Temporal

Lobo Occipital







As diferentes partes do córtex cerebral são divididas em quatro áreas chamadas de lobos cerebrais, tendo cada uma funções diferenciadas e especializadas. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal fica localizado na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior central da cabeça; e o lobo temporal, na região lateral da cabeça, por cima das orelhas.

O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planeamento de acções e movimento, assim como no pensamento abstracto. A actividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência de acções que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal, tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento activar e em que ordem e avaliar o seu resultado. As suas funções parecem incluir o pensamento abstracto e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afectivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para acção e atenção selectiva. Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de acções correcta.

Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes daquilo que os nossos órgãos sensoriais detectam no meio exterior e da informação que fornecem sobre a posição e relação com objetos exteriores das diferentes partes do nosso corpo.